Prezados (as)
No dia de ontem, 21 de novembro, sob forte chuva, presenciamos certamente, oprimeiro ato político de reparação à população negra de Joinville promovidopelo poder público municipal - o re-encontro da cidade com sua própria história- ao homenagear escravos e libertos sepultados no Cemitério do Imigrante.
Pesquisadores(as) da Fundação Cultural de Joinville, encontraram registros queinformam que 14 afro-brasileiros estão sepultados no Cemitério do Imigrante eafirmam ter sido este, o primeiro espaço público para sepultamentos decatólicos e luteranos de diferentes grupos étnicos. Local até então, fortesímbolo da colonização alemã o Cemitério do Imigrante abrigou os corpos dehomens, mulheres e crianças negras escravos e libertos vítimas de doenças comofebre, diarréia, tuberculose, entre outras.
Para quem vive ou viveu nessa cidade e conhece a força do pensamento hegemônicolocal, sabe por que a solenidade de ontem foi tão forte e emocionante para ospresentes. O ato chamado de "simbólico" representa a quebra de um paradigma queretirou por tantos anos da sua gente, a história de aproximadamente, 7,5% denegros. No mesmo ato o Prefeito Municipal Carlito Merss nomeou o Comitê Gestor queformulará a criação de organismo para as políticas de promoção da igualdaderacial para o município de Joinville.
As chuvas que caíram na tarde de ontem parecem querer lavar as dores do racismoem nossas almas negras e brancas e projetam novos tempos numa "Joinville detoda a sua gente".
Joana Célia dos Passos
Coordenadora do Núcleo de Estudos Negros
Doutoranda em Educação - UFSC
Coordenadora do Núcleo de Estudos Negros
Doutoranda em Educação - UFSC
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